Mais um ciclo amargo: Citi projeta aperto para açúcar e etanol em 2026

Crédito: Ilustração gerada por IA

O ano de 2025 ficou marcado pela derrocada dos preços do açúcar na ICE, que atingiram o fundo do poço e tombaram 24% período. E para 2026, o Citi espera mais uma safra desafiadora, com preços fracos de açúcar e uma possível queda nos preços do etanol, comprimindo as margens dos players brasileiros.

Na Bolsa, São Martinho (SMTO3), Raízen (RAIZ4) e Jalles Machado (JALL3) amargaram quedas de 41,85%, 60,56% e 35,09% no acumulado do ano, respectivamente (até 11h54 desta segunda-feira, 8).

Em 2026, o banco espera um maior impacto para Raízen (neutro e preço-alvo de R$ 1,30) frente a Jalles (compra e preço-alvo de R$ 4,50) e São Martinho (compra e preço-alvo de R$ 19), dada a melhor eficiência dos moinhos da SMTO3 e os grandes volumes de açúcar já hedgeados pela JALL3.

Por outro lado, os principais catalisadores positivos para os produtores dependem de uma possível mudança no mix de produção (redução do açúcar e aumento do etanol) e de uma eventual recuperação dos preços do petróleo, que poderia impulsionar o etanol, melhorando sua paridade energética em relação à gasolina.

“O mercado de açúcar apresenta maior volatilidade no primeiro trimestre do ano. Não acreditamos que será diferente neste ano, e oscilações de preço devem ser esperadas”, aponta o Citi em relatórios.

“Com a safra do Hemisfério Sul terminando, os desenvolvimentos no Hemisfério Norte provavelmente vão ditar o comportamento dos preços nos próximos 6 meses. Esperamos que a demanda da China e seus níveis de importação aumentem diante do ambiente de preços mais baixos”, completam os analistas Arkady Gevorkyan, Eric G Lee, Maximilian J Layton, Anthony Yuen, Gabriel Barra e Pedro Barra.

Fonte: Money Times