Por Luciana Peña
A justiça declarou a recuperação judicial do grupo sucroenergético Santa Terezinha como concluída nesta terça-feira, 26. A decisão é do juiz Rafael Altoé, da 4ª Vara Cível de Maringá.
A companhia, que atua em mais de 50 cidades do noroeste do Paraná e gera mais de oito mil empregos diretos, entrou com o pedido de recuperação judicial em março de 2019.
A medida foi necessária depois que um credor não aceitou negociar a dívida, que se acumulava em função de prejuízos com quebras de safras, explica o diretor jurídico da Santa Terezinha, Sidney Samuel Meneguetti.
“Foi uma conjuntura de fatores. A gente teve, realmente, uma crise climática muito grande em 2015, a ponto de a Santa Terezinha ter deixado de colher em torno de 3,5 milhões de toneladas de cana. Isso é como se a unidade de Tapejara estivesse parada o ano todo, sem produzir, mas com o custo fixo”, relembra.
De acordo com o diretor, isso deu início a conversas com bancos para uma reestruturação dos débitos. Em 2018, entretanto, uma seca prejudicou novamente os canaviais. “Infelizmente, um dos credores não estava alinhado com o caminho da reestruturação”, completa.
Agora, com o fim da recuperação judicial, a companhia retoma o crédito junto às instituições financeiras. “Quando uma empresa está em recuperação judicial, o maior desafio dela é o crédito”, afirma Meneguetti.
Mas o diretor observa que, mesmo durante esse período, a empresa cresceu, preservando e gerando novos empregos. “A gente também conseguiu ganhar produtividade nos nossos canaviais, aumentando ainda mais o nível de profissionalização da empresa”, assegura.
Fonte: CNN Maringá