As vendas de carros eletrificados (elétricos e híbridos) devem bater 150 mil unidades neste ano, ante 94 mil realizadas no ano passado. A reportagem do jornal Valor Econômico traz os dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) e a afirmação vem do presidente da entidade, Ricardo Barros. Confirmada a estimativa, a participação de mercado desses veículos subiria de 6% no ano passado para 8% em 2024.
Os números sinalizam o avanço comercial desse tipo de automóvel, em um movimento passível de ganhar mais tração em razão de investimentos bilionários anunciados pelas montadoras, que passam a mirar no híbrido flex, sem abandonar o elétrico, refletindo razões econômicas e estratégicas e também para cumprir exigências de descarbonização e de redução da emissão de poluentes do setor.
Dentre os fatores de relevância para esse prognóstico, a reportagem chama a atenção para as metas do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), que na fase em que se encontra, passará a exigir metas corporativas das montadoras, a fim de reduzir progressivamente a produção de gases poluentes até 2029. Isso significa que, se a companhia vender um carro com emissões acima da média, terá que vender outro que esteja abaixo para se manter dentro dos parâmetros.
Várias fontes ouvidas convergem para o fato de que quem não se atualizar, vai perder mercado, sem aproveitar incentivos fiscais do Programa Mover, lançado no fim do ano passado com vistas à descarbonização da frota. Desde então, as montadoras anunciaram investimentos bilionários no país – o valor divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento supera os R$ 107 bilhões. “As empresas sabem que têm de fazer os investimentos até para manter a visibilidade do produto delas no mercado. Se continuarem com modelos desatualizados ou que não tenham atratividade, vão perder espaço”, afirma Henry Joseph Jr., diretor-executivo da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)