
A iminente tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, com início em 1º de agosto, lança incertezas sobre os produtores de açúcar orgânico em Ribeirão Preto, SP. Este mercado é vital para uma usina em Sertãozinho, SP, que exporta 60% de sua produção para os EUA. Na reportagem do portal G1, em 2024, metade das 88 mil toneladas produzidas foi vendida aos americanos.
Diretor de uma usina da região, Leontino Balbo, expressa preocupação com a viabilidade da continuidade produtiva, destacando a vulnerabilidade evidenciada pela dependência do mercado americano.
Para enfrentar a nova realidade, a usina pode precisar diversificar seus mercados, embora a exportação de produtos orgânicos exija complexas certificações internacionais. Alternativas como o mercado europeu apresentam desafios derivados de acordos existentes com outros países.
O presidente da Datagro Plínio Nastari alerta que a tarifa poderá tornar o açúcar brasileiro menos competitivo frente ao colombiano e argentino, ameaçando anos de investimento e inovação no setor orgânico. Com os EUA consumindo quase metade do açúcar orgânico global, a taxa representa um golpe significativo à liderança brasileira.
A expectativa do setor é de uma possível extensão do prazo de implementação da tarifa, permitindo que exportadores e importadores ajustem suas estratégias.
Íntegra da matéria: G1