
Foto: Divulgação/FS Bioenergia
A FS é uma das maiores produtoras de etanol de milho do Brasil. Além de etanol hidratado e anidro à base de milho, a companhia comercializa grãos secos de destilaria com solúveis para nutrição animal, óleo de milho e energia de cogeração. A companhia foi fundada em 2017 pelo acionista majoritário Summit Agricultural Group e pela holding agrícola brasileira Tapajós Participações.
Atualmente, a FS opera três usinas em Lucas do Rio Verde (MT) com capacidade total de moagem de 5,1 milhões de toneladas de milho e produção de 2,3 bilhões de litros de etanol por ano. A localização no maior estado produtor de milho mitiga riscos de originação da commodity, além de se caracterizar pelo fácil acesso a uma região com grande demanda por nutrição animal. Além disso, há planos para construção de duas unidades industriais de etanol, nas cidades mato-grossenses de Querência e Campo Novo do Parecis.
Segundo relatório de atualização trimestral de Credit Research do Banco Safra, a FS Bioenergia encerrou o ano safra 24/25 com um crescimento de 32,4% a/a (ano cheio) na receita líquida, totalizado R$10,7 bilhões, impulsionado pela combinação de preços mais elevados de etanol, aumento no volume vendido e expansão das operações de revenda.
A receita líquida trimestral (4T24/25) ficou em R$3,1 bilhões, com crescimento anual de 55,5%. Esse desempenho reflete, em grande parte, o crescimento do segmento de etanol, especialmente anidro, cuja receita quase dobrou no trimestre, e a forte expansão das atividades de revenda, principalmente de etanol, com forte aumento no acumulado do ano.
O fluxo de caixa livre do 4T24/25 foi positivo em R$700 milhões, com geração de caixa operacional em R$1,3 bilhões, pagamento de juros em R$512 milhões e desembolso com investimentos em R$115 milhões. Em comparação, o 4T23/24 registrou queima de caixa de R$283 milhões e o 3T24/25, queima de R$682 milhões. A variação do caixa final foi positiva em R$316 milhões no 4T24/25, após contabilização de fluxo de caixa operacional líquida de R$815 milhões, fluxo de investimentos em R$16 milhões e pelo pagamento líquido da dívida de R$483 milhões.
O 4T25 encerrou com dívida bruta de R$9,3 bilhões (-7,4% t/t), cuja redução se deveu à amortização das linhas de CRA e outros financiamentos, sendo compensada pela emissão de green bonds e pelos juros acumulados. O custo médio da dívida bruta foi de 13,5% a.a. (+0,5 p.p. t/t). A composição do endividamento está segmentada entre linhas em reais e indexadas ao CDI (58%) e linhas indexadas ao dólar (42%). A dívida líquida foi de R$6,8 bilhões (-14% t/t), favorecida pelo fluxo de caixa operacional positivo no trimestre, melhoria do EBITDA, capital de giro líquido favorável no período e impacto positivo das variações cambiais e derivativos.
Fonte: O Especialista