Por João Vitor Ferreira
Os combustíveis ficarão mais caros neste começo de ano. A partir do dia 1º de fevereiro (sábado), a gasolina, etanol e o diesel terão seus preços reajustados devido ao aumento no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Esse aumento já estava definido desde outubro do ano passado pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). A gasolina e o etanol terão aumento de R$ 0,10 no preço praticado nas refinarias, enquanto o diesel ficará R$ 0,06 mais caro.
Na prática, o preço da gasolina será de R$ 1,47 por litro, o do etanol R$ 1,12 e o do óleo diesel R$ 1,39. “Esses ajustes refletem o compromisso dos estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária”, disse o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) no comunicado emitido no ano passado. Porém, esse não será o único reajuste que deve ocorrer. A Petrobras vem pressionando o Governo Lula para que se diminua a defasagem nos combustíveis em relação ao preço praticado no exterior.
Segundo informações da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a gasolina brasileira é comercializada R$ 0,23 (8%) mais barata que os preços praticados no exterior, enquanto o diesel está com uma defasagem média de R$ 0,65 por litro (20%). No caso do óleo diesel, já faz três semanas que ele está sendo comercializado com uma defasagem média acima dos 23%.
Mas, até o momento, apenas o diesel pode ter sua defasagem diminuída. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, continua debatendo com o presidente Lula de quanto será o reajuste. De acordo com os especialistas, o preço deverá subir entre R$ 0,20 e R$ 0,25. Segundo fontes ouvidas pelo site Gazeta do Povo, o governo considera o reajuste desnecessário, uma vez que o dólar vem sofrendo queda, caindo de R$ 6,20 no final do ano passado para R$ 5,90 no início de 2025.
Em 2024, a Petrobras manteve o preço do diesel sem nenhum reajuste. Essa foi a primeira vez em 13 anos que a estatal tomou essa medida. Já a gasolina teve seu preço aumentado apenas uma vez.
Fonte: Quatro Rodas