A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo e refere-se a um relatório do BBI, braço de investimento do Bradesco, que revela que o mercado ilegal de combustíveis consome quase 15% dos lucros das grandes empresas do setor. Esse montante impede a entrada de R$ 26 bilhões anuais nos cofres públicos.
Práticas como importações fraudulentas, roubos de oleodutos e adulteração de produtos são comuns e prejudicam todo o sistema regulado. Sem o mercado paralelo, empresas como Vibra, Raízen e Ultrapar teriam valores de mercado 11% a 17% maiores. Anualmente, essas empresas enfrentam perdas de mais de R$ 1,5 bilhão no Ebitda, com Vibra sendo a mais afetada.
A sonegação fiscal resulta em perdas de R$ 14 bilhões por ano aos entes federados. Práticas ilegais, como a “barriga de aluguel”, expressão de mercado que serve para definir algumas das fraudes descobertas, cuja responsabilidade é desconhecida, acumulam dívidas fiscais e créditos de carbono não pagos, com uma dívida ativa de ICMS que ultrapassa R$ 65 bilhões. Além disso, ilegalidades em importações pela Zona Franca de Manaus desviam R$ 230 milhões anualmente, enquanto a venda de nafta como gasolina gera perdas de R$ 3,2 bilhões em receitas.
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