
exterior — Foto: Coopersucar/Divulgação
Por Giully Regina
Às vésperas da safra 2025-2026, as exportações brasileiras de açúcar mantiveram a tendência de baixa vista desde janeiro. No mês de março, as usinas despacharam 1,85 milhão de toneladas do adoçante para outros países.
Assim, apesar da alta mensal de 1,5%, o volume representa uma baixa anual de 30,7%. No mesmo período de 2024, 2,67 milhões de toneladas da commodity foram exportadas. O preço mensal também passou por uma retração anual, de 9,3%, para US$ 473,17 por tonelada. Desta forma, a arrecadação mensal com o produto somou US$ 875,92 milhões, 37,2% abaixo dos US$ 1,39 bilhão vistos no ano passado.
Os dados detalhados de exportações foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na última sexta-feira, 4. Do total exportado, 1,52 milhão de toneladas foram de açúcar bruto, queda anual de 31,8%. O preço médio foi de US$ 464,38/t (-8%), resultando em uma receita de US$ 705,33 milhões no mês (-37,3%).
As 332 mil toneladas restantes eram de açúcar refinado, baixa de 25,4% no ano. Neste caso, o preço médio ficou em US$ 513,32/t (-15,6%), gerando uma receita de US$ 170,58 milhões (-37%). No mês, os principais destinos do açúcar brasileiro foram: China (208,65 mil toneladas); Indonésia (208,02 mil t); Emirados Árabes Unidos (169,69 mil t); Canadá (146,64 mil t); e Argélia (111,16 mil t).
No primeiro trimestre de 2025, 5,73 milhões de toneladas de açúcar brasileiro foram enviadas a outros países, queda de 35,1% em relação ao mesmo recorte do ano anterior. O preço médio também teve uma baixa, de 10,1%, para US$ 475,26/t, totalizando uma receita de US$ 2,72 bilhões (-41,7%).
Com as novas tarifas de importação dos Estados Unidos, o governo brasileiro considera propor um aumento da cota de açúcar ao mercado americano. Atualmente, o açúcar brasileiro tem um volume preferencial de 146,61 mil toneladas, que é despachado ao país norte-americano sem impostos. O montante é rateado pelo Ministério da Agricultura entre usinas do Norte-Nordeste.
Fonte: NovaCana