EUA anunciam novas sanções contra refinarias chinesas que importam petróleo do Irã

Bombas de petróleo no Texas – Foto: Reuters

Por Paulo Barros

O governo dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira (16/04) um novo pacote de sanções com foco na cadeia de exportação de petróleo do Irã, atingindo diretamente importadores chineses e embarcações ligadas à chamada “shadow fleet” iraniana. A medida ocorre enquanto a administração do presidente Donald Trump retoma negociações com Teerã sobre seu programa nuclear.

As sanções incluem uma refinaria independente chinesa, conhecida como “teapot”, acusada de adquirir mais de US$ 1 bilhão em petróleo iraniano. Esta é a segunda refinaria desse perfil penalizada desde o relançamento da campanha de “pressão máxima” dos EUA, que visa reduzir as exportações iranianas a zero.

Além disso, empresas e navios que facilitam o transporte de petróleo iraniano também foram sancionados. Segundo o Departamento do Tesouro, essas ações são parte de um esforço para minar a rede que permite ao Irã contornar restrições e continuar gerando receitas com petróleo.

“Qualquer refinaria, empresa ou corretor que opte por adquirir petróleo iraniano ou facilitar esse comércio se coloca em sério risco”, afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado.

A China, maior compradora de petróleo iraniano, criticou a medida. Em nota, o porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, declarou que o país “tomará as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses legítimos”.

O Tesouro americano também atualizou orientações para o setor marítimo, alertando sobre os métodos de evasão de sanções utilizados pelo Irã, como o uso de frota oculta e práticas para disfarçar a origem do petróleo.

Esta é a sexta rodada de sanções desde a reativação da campanha de pressão, que busca impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Em sua primeira gestão, Trump havia retirado os EUA do acordo de 2015 que limitava o enriquecimento de urânio pelo Irã em troca do alívio de sanções. “As sanções serão plenamente aplicadas enquanto o Irã continuar tentando gerar receitas para financiar atividades desestabilizadoras”, disse Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado.

Fonte: InfoMoney