Etanol e biodiesel: a resposta do Brasil à volatilidade do petróleo

Bomba de combustível – Foto: iStock.com/Olga Kostrov

Com o aumento das tensões no Oriente Médio afetando o preço do petróleo, o Brasil reavalia sua estratégia energética com foco em biocombustíveis. O governo brasileiro considera aumentar a mistura de etanol na gasolina para 30%, uma medida que poderia eliminar a necessidade de importações de gasolina e promover a autossuficiência energética.

A defesa dos biocombustíveis será um tema central no próximo encontro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Segundo reportagem do Estadão, a reunião deverá reforçar o papel do etanol e do biodiesel como escudos contra os efeitos econômicos de conflitos internacionais, como a guerra entre Israel e Irã.

O governo também planeja aumentar a mistura de biodiesel no diesel a partir de agosto. Apesar de preocupações anteriores sobre os impactos nos preços dos alimentos, a recente deflação nos preços do óleo de soja e do milho permite uma reavaliação da política. A mudança prevê a redução na importação de diesel, contribuindo para a segurança energética do país.

Essas iniciativas fazem parte de uma visão mais ampla para até 2030, com previsões de aumentar ainda mais a proporção de biocombustíveis nos combustíveis fósseis. Os produtores de biodiesel veem essa decisão como crucial para atender à crescente demanda e alinhar o Brasil com a tendência global de buscar combustíveis mais sustentáveis.

Com essas ações, o Brasil se posiciona não apenas para enfrentar crises imediatas, mas também para liderar na transição para energias renováveis, atuando como um exemplo global de gestão sustentável de recursos energéticos.

Íntegra da matéria: Estadão (para assinantes)