Ampla reportagem do jornal Estadão mostra as perspectivas de futuro em relação à produção do biocombustível no Brasil, projetando as demandas em escala mundial.
O etanol de primeira geração, que é produzido à base de caldo de cana-de-açúcar, e o de segunda geração, produzido a partir do bagaço desta mesma cana, representa a capacidade de aumentar em 50% a produção de etanol com a mesma área cultivada e um etanol com pegada de carbono 30% menor do que o de primeira geração”, afirma Fabiana Barrocal, diretora de Operações Agroindustriais da Raízen.
Outras fontes são ouvidas na reportagem, como a consultoria McKinsey. Na análise, a demanda por biomassa, matéria orgânica vegetal ou animal capaz de gerar os biocombustíveis no mundo deve aumentar dez vezes até 2050. No Brasil, esse mercado potencial pode significar quase US$ 40 bilhões (R$ 200 bilhões) até 2040. “A gente já é visto como um ‘player’ consagrado na área”, diz Amanda Duarte Gondim, coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV).
O que está em pauta agora, explica Gondim, é o uso de biocombustíveis para o transporte marítimo e aéreo, em que a eletrificação (uso de baterias) é mais difícil dado o volume de energia que demandam. Nesses modais, a substituição de tecnologia também costuma ocorrer em intervalos de tempo maiores. Como o mundo não pode esperar 30 anos por aviões que não poluem, é preciso trocar o combustível fóssil por um que emita menos gases poluentes. “O Brasil pode chegar a ser um protagonista global nessa indústria. Mas temos uma data e precisamos correr atrás”, conclui.
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