Escassez de chuva nos EUA faz preço do milho subir em Chicago

Por Paulo Santos

Assim como na última sessão, o milho se manteve com preços mais altos na bolsa de Chicago, respondendo a uma piora nas previsões climáticas para as lavouras dos Estados Unidos. Os contratos do cereal para setembro subiram 0,31%, para US$ 4,0375 o bushel.

Vlamir Brandalizze, consultor independente de mercado, diz que os mapas de clima mostram poucas chuvas para regiões ao oeste do cinturão produtor de grãos americano pelos próximos sete dias. “Essa previsão preocupa, porque a região é a que mais produz milho nos EUA, e a escassez de chuvas pode reduzir a produtividade das lavouras”, diz.

Na última semana, a falta de umidade fez o Departamento de Agricultura americano (USDA) reduzir a qualidade das lavouras de milho no país. No momento, 67% do total semeado está em boas e excelentes condições. Segundo Brandalizze, em se confirmando a ausência de chuvas adequadas, o percentual pode cair ainda mais nas próximas semanas.

O consultor também vê uma demanda mais aquecida pelo cereal no segundo semestre, cenário que deve apoiar uma reação do milho na bolsa, que ainda segue próximo dos menores patamares em quatro anos.

Soja

Já o preço da soja caiu, mas ainda segue em uma faixa lateral, à espera de novas notícias que possam dar um novo direcionamento ao mercado. Os lotes da oleaginosa para agosto, os mais líquidos na sessão, fecharam em queda de 0,58%, para um valor de US$ 11,11 o bushel. De acordo com Vlamir Brandalizze, a soja está “presa” em uma faixa de preços que vai de US$ 10,50 a US$ 11,50 o bushel.

“A cotação só deve fugir dessa média caso haja algum fator novo para a soja, como um problema climático muito sério para a safra americana. Sem novidades, a expectativa é que o preço comece a patinar novamente”, avalia Brandalizze.

Trigo

Em dia de movimentações técnicas, o trigo avançou na bolsa americana. Os contratos do cereal para setembro fecharam em alta de 0,78%, a US$ 5,47 o bushel.

Fonte: Globo Rural