Entre carros elétricos e híbridos, aposta do Brasil é pela segunda opção

Carros oficiais de eventos do G20, no Brasil, são movidos a etanol – Divulgação

Motores movidos à bateria ou a hidrogênio verde? Há um questionamento global em relação ao melhor caminho de investimento e alguns países, como a China e EUA já apostaram nos carros elétricos.  A descarbonização do setor automotivo abre o debate sobre qual a melhor estratégia a se adotar em curto, médio e longo prazo. Em discussão, estão as vantagens e desvantagens de híbridos, carros 100% elétricos ou motores movidos a hidrogênio verde.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo traz  informações referentes às estratégias diferentes de países ou bloco econômico. A China, por exemplo, apostou cedo nos elétricos e, com amplo incentivo do governo, tornou-se líder mundial no setor. Agora, tenta exportar sua tecnologia para o resto do planeta.

No Brasil, ao que tudo indica, a estratégia é direcionar esforços primeiro nos biocombustíveis, principalmente etanol, já que frota é em grande parte flex. Mas representantes do governo defendem que haja liberdade de escolha para o consumidor, com carros híbridos (que têm motores à combustão e à eletricidade) e também 100% a bateria. Em um passo seguinte, veem também o uso do hidrogênio verde.

A aposta na descarbonização pelo mundo até agora:

União Europeia: atualmente foca nos elétricos, ao passo que coloca diversos embargos aos biocombustíveis produzidos mundo afora.

Estados Unidos: concentram os investimentos em veículos elétricos.
Índia: mira a produção dos biocombustíveis sobretudo para exportação, enquanto começa ver sua frota automotiva passar a ter motores à bateria.

Japão: algumas montadoras apostam também em veículos movidos a hidrogênio, tecnologia considerada como a de maior potencial a longo prazo, mas atualmente ainda incipiente.

Brasil: estratégia é direcionar esforços primeiro nos biocombustíveis, principalmente etanol, já que frota é em grande parte flex. Mas representantes do governo defendem que haja liberdade de escolha para o consumidor, com carros híbridos (que têm motores à combustão e à eletricidade) e também 100% a bateria, e veem em um passo seguinte o uso do hidrogênio verde.

Emissões de gás carbônico (CO2) de cada tecnologia hoje:

Híbrido (quando abastecido só com etanol na parte a combustão): 77,5 gCO2/km
Elétrico: 104,8 gCO2/km.

Flex (quando abastecido só com etanol): 120,9 gCO2/km.

Gasolina: 269,3 gCO2/km

Fonte: LCA Consultores (responsável pelos dados de emissões, em pesquisa encomendada pelo MBCB; considera metodologia “berço à roda”).

Íntegra da matéria: Folha de S.Paulo (para assinantes)