Entenda o melhoramento genético da cana-de-açúcar, que pode levar até 15 anos para ser feito

Cana-de-açúcar – Foto: Canva

Com o objetivo de otimizar a produção de açúcar, etanol e energia, a Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), da Universidade Federal de São Carlos, investe em melhoramento genético da cana-de-açúcar. O programa já criou 116 variedades comerciais da planta, que já está em 55% da área total de cultivo no país.

Hermann Paulo Hoffmann, coordenador-geral da rede, explica ao Record News Rural que o processo de cruzamento até o desenvolvimento no campo é repleto de etapas e pode chegar a até 15 anos de duração.

“Nós colocamos as panículas de quem quer se cruzar, por exemplo, com a variedade A com a variedade B, a gente coloca lado a lado, e o pólen de uma vai para outra. Com isso, nós coletamos as sementes dessas flores de cana — que ela precisa para florescer — e as condições ambientais favoráveis para que isso aconteça”, explica.

Segundo Hermann, o Nordeste é uma região com clima, altitude e temperatura ideais para o cultivo da cana. A partir disso, a rede distribui milhares de indivíduos para a seleção de universidades federais. “De um número grande no primeiro ano de seleção, nós aproveitamos 3% a 5%
, depois nós vamos diminuindo a variedade de flores”, completa.

Fonte: Record News Rural