
Por Debora Oliveira
Sem reajustes há mais de 300 dias, a gasolina nos Polos Petrobras são negociados 8% acima dos preços internacionais, significando uma diferença de R$ 0,25 centavos, de acordo com relatório de paridade internacional desta terça-feira (06), da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que defende o acompanhamento dos preços do mercado internacional já que o Brasil ainda é dependente da importação das commodities.
Apesar dessa diferença nos preços e do tempo sem reajustes, o que o setor espera neste momento é por um aumento em breve da gasolina. Em entrevista ao CNN Money, o presidente da Abicom, Sérgio Araújo, explicou que chegada do verão americano gera maior demanda pelo combustível e os preços da gasolina lá fora estão subindo, o que deve ajudar a zerar a disparidade do preço no Brasil ou até mesmo justificar um aumento.
“Com a chegada do verão americano, a gente tem o chamamos de “drive session” nos EUA, que é quando os americanos colocam seus carros nas ruas, nas estradas e aumentam substancialmente a demanda. Existe também uma alteração na especificação da gasolina em função do verão e com isso aumenta o preço do combustível, que já está em tendência de alta lá fora”, disse Sérgio.
A redução do preço do diesel para as distribuidoras anunciado pela estatal que passa a valer a partir desta terça-feira não zera a disparidade com valor internacional. Esse reajuste parcial foi assertivo na avaliação da Abicom, já que ainda existe muita incerteza em relação à demanda global por energia, o que tem gerado muita volatilidade nos preços do petróleo. “Acredito que a Petrobras tomou uma decisão certa ao anunciar essa redução dos R$ 0,16 centavos para observar com mais tempo em que nível o preço do petróleo vai se estabilizar.”
Fonte: CNN Brasil