
Em 3 de novembro de 2025, o Brasil tem a possibilidade de dobrar sua produção de biocombustíveis utilizando áreas degradadas, segundo um estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). O estudo indica que, aproveitando entre 20 a 35 milhões de hectares de terras hoje degradadas, o país pode aumentar a capacidade produtiva nos próximos 25 anos, sem a necessidade de desmatar novas áreas.
O potencial do Brasil
Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, atrás apenas dos EUA. Felipe Barcellos, principal autor do estudo, destaca que, enquanto a média global de biocombustíveis nos transportes é de cerca de 4%, no Brasil a gasolina já contém 30% de etanol. O aumento na produção de biocombustíveis não só traz potenciais econômicos, mas também novas oportunidades para a pesquisa e transição energética, sempre respeitando o uso sustentável do solo.
Iniciativas e recomendações
Barcellos menciona o programa Caminho Verde Brasil, do Ministério da Agricultura e Pecuária, como um exemplo de iniciativa que busca restaurar áreas degradadas e promover práticas sustentáveis no agro. Ele defende um cronograma para aumentar a porcentagem de biocombustíveis, com o objetivo de chegar a 100% nos transportes. A construção de biorrefinarias também é uma proposta para refinar óleos vegetais e gerar combustíveis mais avançados, como o diesel verde.
Desafios e soluções
O estudo do IEMA também sugere que o crescimento dos biocombustíveis deve ser acompanhado por outras medidas que visem a redução do consumo de combustíveis fósseis. Barcellos enfatiza a necessidade de incentivar o transporte coletivo, que é mais eficiente na utilização de combustível e reduz a emissão de poluentes. Alternativas, como o uso de ferrovias e hidrovias, devem ser consideradas para minimizar impactos ambientais.
Fonte: Folha de Curitiba