O primeiro semestre de 2024 promete ser desafiador para o setor de milho, com preocupações que vão além do clima. Reportagem da Folha de S.Paulo informa que o plantio da safra de verão é menor e as exportações já atingem 24,4 milhões de toneladas, enquanto a safrinha será colhida mais tarde, resultando em estoques reduzidos de sete milhões de toneladas para a transição entre as safras.
O analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado, destaca que a questão do crédito pode ser mais crítica que as condições climáticas. As exportações para 2024 não devem atingir os volumes de 2023, mas são adequadas para a safra menor. Com a demanda interna aquecida, o setor de carne e a indústria de etanol exigirão mais milho, com seis novas usinas planejadas para o próximo ano, aumentando a demanda em mais 7 milhões de toneladas.
O mercado deverá se ajustar, com importações e redução de exportações, que estão projetadas em 40 milhões de toneladas. O etanol de milho, competitivo no Brasil, poderá consumir um terço da produção do cereal, sem as limitações existentes nos EUA. Além de etanol, a produção de milho gera DDG e outros subprodutos. Atualmente, o preço do etanol é de R$ 2,61 por litro, enquanto a saca de milho é negociada a R$ 66, ambos superiores aos preços do ano anterior.
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