Resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) impõe ao diesel coprocessado da Petrobras o mesmo tratamento oferecido ao diesel A, poluente e de origem fóssil. A medica é vista como um entrave nos planos da multinacional de inserir no texto do Senado um estímulo ao diesel coprocessado, sob o argumento de que o produto seria um combustível limpo.
O jornal Estadão traz uma entrevista com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), relator do projeto de lei do Combustível do Futuro no Senado, onde afirma que para incluir na proposta o diesel coprocessado da Petrobras, será preciso comprovação de que o produto tem conteúdo renovável e não tirará espaço do diesel verde.
Primeiro-vice-presidente do Senado, Veneziano garantiu que ouvirá todos os lados e ainda não tomou uma decisão sobre esse ponto, que é um dos mais polêmicos porque opõe a petroleira ao setor do biodiesel e ao agronegócio.
O senador é presidente da Frente Parlamentar de Energia, criada pelo agora presidente da Petrobras, o ex-senador Jean Paul Prates. Os dois são amigos pessoais, mas o relator nega que sua relação com o chefe da estatal influenciará em sua atuação. “Quem diz isso não me conhece. A análise vai ser técnica”, comenta.
O projeto, já aprovado na Câmara, está na Comissão de Infraestrutura do Senado, em fase de audiência públicas. Veneziano, que também é vice-presidente da Casa, prevê que a conclusão do relatório e a votação no plenário devem ocorrer em maio.
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