Mantendo a tendência vista desde o início da safra 2025/26, o consumo de etanol hidratado passou por uma nova retração em julho. No mês, os motoristas demandaram 1,65 bilhão de litros do biocombustível, queda de 0,3% em relação a junho. Na comparação anual, a baixa foi de 6,1%.
No acumulado do ano houve uma retração de 2,2% no volume, que saiu de 12,5 bilhões de litros no mesmo intervalo de 2024 para 12,23 bilhões de litros. As informações sobre o andamento do mercado de combustíveis foram divulgadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última sexta-feira, 29.
A StoneX elevou sua previsão para o consumo brasileiro de gasolina em 2025 para 46,7 bilhões de litros, o que representaria um recorde, reforçando a competitividade do fóssil frente ao renovável. Assim, haveria um incremento de 5% de venda de gasolina nos postos. O etanol hidratado, por outro lado, deve registrar queda de 7%, com um volume estimado em 20,3 bilhões de litros no ano.
O cenário projetado pela StoneX já começa a se concretizar. Nos últimos sete meses do ano, as aquisições de gasolina totalizaram 26,06 bilhões de litros, alta de 3,5%. Em julho, a demanda pelo combustível fóssil chegou a 3,78 bilhões de litros, acréscimo de 3% ante junho e de 0,8% na comparação anual.
Dessa forma, o etanol apresentou uma queda na participação de mercado no mês, para 23,5%. O índice ficou abaixo do visto em julho do ano passado, de 24,8%, mas está acima do registrado em 2023, de 17,9%.
Ao todo, a demanda por combustíveis do ciclo Otto totalizou 4,96 bilhões de litros em julho, acréscimo de 2,2% ante junho, mas queda de 0,9% frente a um ano antes. No acumulado de 2025, os motoristas demandaram 34,7 bilhões de litros, alta de 2% em relação ao mesmo período de 2024.
São Paulo
Em São Paulo, maior estado produtor e consumidor do biocombustível, a demanda por etanol também registrou quedas. Em julho, foram adquiridos 774 milhões de litros, retração de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2024. Na comparação com junho, a redução foi de 4,4%.
Mas a demanda por combustíveis do ciclo Otto também passou por uma queda de 8,7% no ano e de 8,1% no mês, para 1,25 bilhão de litros. Com isso, a participação de mercado do etanol teve uma alta, indo a 44%.
No acumulado do ano, o consumo de biocombustível no estado totalizou 5,91 bilhões de litros, o que representa uma leve retração de 0,2%.
Por Giully Regina
Fonte: NovaCana
