
A Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano) tem planos para entrar no mercado de biodiesel, com a construção de uma usina na cidade de Rio Verde (GO), próxima à estrutura industrial já existente. A informação foi divulgada pelo AgFeed.
A primeira etapa da estratégia passa pela construção da nova esmagadora de soja da cooperativa, uma das maiores do Brasil, com capacidade de processar 6 mil toneladas do grão por dia, o que elevará a capacidade total de 5,5 mil toneladas/dia para 11,5 mil toneladas/dia.
Segundo confirmou o diretor-presidente Dourivan Cruvinel, em entrevista ao AgFeed, a cooperativa está “muito bem capitalizada” e grande parte dos investimentos na nova planta, da ordem de R$ 1,5 bilhão, será feita com recursos próprios.
A nova esmagadora de soja ficará em Palmeira de Goiás, e os primeiros testes operacionais estão previstos para o final de 2026, com operação plena em 2027.
Com 12 mil cooperados, a Comigo avança em um plano de integração industrial que pode colocá-la entre os grandes produtores agroindustriais do país.
Em números
A entidade calcula encerrar 2025 com faturamento superior a R$ 14 bilhões, impulsionada por maior originação de grãos e expansão industrial.
A cooperativa prevê receber 63 milhões de sacas de soja em 2025, uma alta de 18% sobre 2024, e 24 milhões de sacas de milho, aumento de 21%.
Atualmente, 70% da soja captada pela Comigo é destinada à exportação, enquanto 30% abastece sua indústria, voltada à produção de óleo e farelo.
Além do investimento em esmagamento, a Comigo expande sua estrutura de armazenagem. Em 2025, a cooperativa abrirá três novos armazéns — um em Palmeira de Goiás, outro em Santa Helena, e a ampliação de Acreúna — elevando a capacidade de armazenamento de 43 milhões para 48 milhões de sacas.
Por que importa
Se confirmados o plano de biodiesel e a ampliação do esmagamento, a Comigo reduzirá a dependência de usinas externas, agregando valor local ao grão e à região, reduzindo custos logísticos e abrindo espaço nos mercados de óleo vegetal e combustíveis renováveis.
Para os cooperados, a expectativa é de abertura de novos mercados e valorização da produção entregue à cooperativa.
Com informações da AgFeed
Fonte: AgroFy News