Cocal certifica seu etanol para produção de SAF

Foto: Rodrigo Mello Nunes/IStock

Por Andréia Vital

A Cocal, do setor sucroenergético do oeste paulista, deu mais um passo na sua agenda voltada para a transição energética. As unidades localizadas nos municípios de Paraguaçu Paulista e Narandiba receberam esse mês o certificado ISCC CORSIA Plus, que habilita a empresa a fornecer seu etanol para produção do combustível sustentável de aviação (SAF).

O CORSIA é um programa ligado à ONU para redução e compensação de emissões de gases de efeito estufa relacionadas à aviação internacional. Já o International Sustainability & Carbon Certification (ISCC) é um sistema de certificação internacional que avalia critérios de produção sustentável, desde a gestão e documentação até a rastreabilidade dos processos.

Durante a certificação, a empresa foi avaliada em todas as etapas da produção do etanol, validando a cadeia produtiva como sustentável, livre de desmatamento e com respectiva redução nas emissões de carbono em comparação aos combustíveis fósseis.

“A Cocal acredita no máximo aproveitamento da cana-de-açúcar e, dentro do conceito da economia circular, sabe da importância do nosso negócio para redução das emissões dos gases de efeito estufa. Certamente estar habilitado para contribuir com o desenvolvimento do mercado de SAF é um importante passo. Continuaremos com o processo de diversificação dos nossos produtos, criando valor para nossa cadeia produtiva, bem como para a sociedade”, reforça Scartezini. A Cocal é mais uma usina associada da Copersucar a receber essa certificação.

“Com o propósito de promover soluções em escala para a segurança alimentar e a transição energética mundial, vemos oportunidades promissoras de utilização do etanol para a produção de SAF. Iniciativas como esta da Cocal reforçam ainda mais a importância do setor e do Brasil na produção sustentável de biocombustíveis”, afirma Tomás Manzano, CEO da Copersucar.

E os planos da Cocal não se limitam somente no etanol como matéria-prima para produção do SAF. “Temos ainda estudos para acessar outros mercados, com diferentes rotas, tanto com a utilização de etanol, como de biometano”, finaliza Scartezini.

Fonte: Jornal Cana