Por Rogerio Mian
O clima seco em várias regiões do Brasil, que facilita a colheita mas prejudica a soqueira de cana, aliado a um atraso nas chuvas de monções na Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, pressionaram as cotações da commodity nesta quarta-feira (12).
Em Nova York, na ICE Futures, o contrato julho/24 foi negociado ontem pelas usinas a 19,10 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 31 pontos, ou 1,6%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela outubro/24 subiu 33 pontos, contratada a 19,08 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 2 e 27 pontos, com exceção das telas março e maio/26 que caíram, respectivamente, 5 e 12 pontos.
“As chuvas de monções da Índia perderam força depois de cobrir as regiões ocidentais antes do previsto. Sua chegada aos Estados do norte e do centro pode ser atrasada, prolongando uma onda de calor nas regiões de arroz, algodão, soja e cana-de-açúcar”, destacaram analistas ouvidos pela Reuters.
Londres
Na ICE Futures Europe, de Londres, o açúcar branco fechou em alta em todos os lotes. O vencimento agosto/24 foi contratado a US$ 554,80 a tonelada, valorização de 8,30 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela outubro/24 subiu 8,60 dólares, contratada a US$ 536,10 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 20 cents e 8,10 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a quarta-feira foi marcada por uma alta de 1,53% nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 138,64 contra R$ 136,55 de terça-feira. No mês o indicador acumula alta de 2,08%.
Etanol hidratado
O etanol hidratado fechou praticamente estável nessa quarta-feira pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.468,00 o m³, contra R$ 2.467,50 o m³ praticado no dia anterior, pequena valorização de 0,02% no comparativo.
Fonte: UDOP