Cavalcanti lança a VCP, voltada aos minerais do futuro

O geólogo e empresário João Cavalcanti, que tem em seu currículo a descoberta e dimensionamento de importantes depósitos de minério de ferro no Brasil (como o Pedra de Ferro, da BAMIN, na Bahia; Planalto Piauí, da Bemisa: e Projeto Bloco 8, da SAM), está lançando no mercado uma nova empresa. Trata-se da VCP (Vale das Commodities Participações), que pretende desenvolver importantes depósitos de grafitito, feldspato potássico, calcário calcítico e argilas iônicas contendo lítio, além de sulfetos contendo cobre, ouro, zinco e estanho, todos localizados no estado da Bahia. 

De acordo com o geólogo, os trabalhos de exploração já realizados permitem estimar recursos da ordem de 200 milhões de toneladas de grafitito, com teor entre 12% e 16% de CO2, com características que permitem a obtenção de grafeno. 

Quanto ao feldspato potássico, contido em rochas granitóides, embora não esteja quantificado, já é possível afirmar que o potencial é imenso e numa região de grande atividade agrícola, onde o consumo de nutrientes para as culturas é elevado, portanto com mercado assegurado. Para aproveitamento desse potássio, Cavalcanti afirma que foi desenvolvido um processo pioneiro e inovador, que envolve operações de britagem, moagem e flotação térmica. 

O calcário calcítico, do qual há também importantes reservas, no Vale do São Francisco, tem alto teor de enxofre, que é mais um insumo para fertilizante do qual o Brasil é grande importador, assim como o potássio, cuja produção a VCP pretende viabilizar. 

Afora isso tudo, Cavalcanti destaca os depósitos de argilas iônicas contendo lítio, iguais aos que existem em Nevada, Estados Unidos, que são explorados pela Nevada Lithium, da Tesla Motors. Conforme o geólogo e empresário, na Chapada Diamantina, Bahia, existem pelo menos cinco vulcões extintos, com argilas iônicas contendo lítio. 

Ainda fazem parte do portfólio da VCP um depósito de bauxita com 400 milhões de toneladas com teor de 38% de Al2O3 (óxido de alumínio), lateritas ferruginosas com alto teor de terras raras e depósitos de sulfetos contendo cobre, ouro, zinco e estanho. Todos os ensaios tecnológicos deverão ser feitos pela Fundação Gorceix.

“Em resumo — ressalta Cavalcanti — a VCP possui hoje um dos melhores portfólios de depósitos de minerais que são essenciais para a transição energética que o mundo demanda e de fertilizantes que o Brasil precisa para impulsionar ainda mais o agronegócio, que se mantém como um dos setores mais fortes da nossa economia”. 

Para viabilizar o maior conhecimento desses depósitos, atualmente o geólogo e empresário está negociando cotas da empresa VCP com potenciais investidores, que deverão aportar recursos necessários para os trabalhos de exploração e sondagem, que deverão se estender por aproximadamente um ano.

Fonte: Brasil Mineral