Cargill realiza aquisições e amplia produção de biodiesel e etanol

A distribuição de biodiesel pela Cargill agora atende 18 estados
brasileiros — Foto: Cargill/Divulgação

Por Cargill

Responsável por cerca de 65% do transporte de cargas no Brasil, o modal rodoviário também lidera os esforços para reduzir a emissão de CO2 no setor logístico. Descarbonizar essa cadeia é meta urgente nas políticas públicas e nos planejamentos de empresas que atuam no agronegócio e na indústria. Ciente de que a transição para biocombustíveis é a peça-chave para transformar as operações, a Cargill investe cada vez mais na produção de biodiesel, etanol e derivados de valor agregado.

Os investimentos mais recentes incluem a aquisição de três unidades industriais de biodiesel da Granol, concluída no final de 2023, e a compra, em 2025, do controle total da SJC Bioenergia — que passa a operar sob a marca Cargill Bioenergia.

Com as incorporações, a companhia agora conta com quatro unidades de esmagamento de soja integradas ao processamento de biodiesel, aumentando a capacidade total para mais de 1,52 bilhão de litros anuais. A distribuição de biodiesel, antes concentrada nas proximidades da planta produtora de Três Lagoas (MS), foi ampliada e passou a atender 18 estados brasileiros.

No segmento de etanol e açúcar, a Cargill Bioenergia passa a operar três unidades industriais em duas cidades de Goiás. Em Cachoeira Dourada, a Usina Rio Dourado possui capacidade instalada para o processamento de 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produzindo etanol anidro e hidratado, além de energia elétrica. Já em Quirinópolis, a Usina São Francisco conta com capacidade para processar 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A unidade é voltada à produção de açúcar a granel, etanol anidro e hidratado e energia elétrica e também abriga uma planta para processamento de etanol de milho, com capacidade de maceração de 600 mil toneladas do grão por ano. Além dos biocombustíveis, a unidade de Quirinópolis produz dried distillers grains (DDG) — subproduto do etanol de milho, cada vez mais valorizado na nutrição animal devido ao seu alto valor nutricional.

Nova matriz energética alavanca protagonismo

Com 88% da matriz elétrica considerada limpa, o Brasil tem condições favoráveis para se tornar protagonista global na transição energética. A organização acompanha de perto esse movimento, com atenção especial ao avanço do marco regulatório, como o Programa Combustível do Futuro, do governo federal, que visa aumentar o uso de combustíveis sustentáveis e promover inovações na cadeia produtiva. “Essa iniciativa é um marco importante para destravar investimentos em inovação e ampliação da oferta de combustíveis renováveis”, diz Ronaldo Bezerra, diretor sênior comercial da Cargill.

Os executivos preveem um impulso no processo de industrialização da soja no Brasil, seguido pela demanda de investimento em novas fábricas, ou na ampliação dos parques industriais dedicados ao esmagamento de grãos e à produção de biocombustíveis.

“Os biocombustíveis representam a junção de fatores que estão intimamente ligados à nossa atividade principal como companhia, unindo o desenvolvimento da cadeia agrícola com o aumento da geração de energia limpa, além de enaltecer o papel do país como um dos maiores produtores mundiais de soja e milho”, diz William Siqueira, gerente comercial de óleos e biodiesel da Cargill.

Nos últimos cinco anos, a companhia alcançou a marca de R$ 8,1 bilhões em recursos financeiros empregados no país. Atualmente, sua infraestrutura inclui:

•29 fábricas;

•75 armazéns;

•7 terminais portuários;

•2 centros de inovação;

•1 centro de serviços compartilhados;

•5 centros de distribuição;

•14 escritórios comerciais;

•4 escritórios corporativos.

A Cargill, empresa com 160 anos de operação no mundo e 60 anos no Brasil, fechou o ano de 2024 com uma receita operacional líquida de R$ 109,2 bilhões e investimentos que somam R$ 1,7 bilhão no país.

Fonte: Globo Rural