
Desde 2021, os projetos chineses na indústria manufatureira cresceram sem interrupção, alcançando oito empreendimentos em 2024, um recorde histórico. Esse avanço se conecta à política da “Nova Indústria Brasil”, lançada pelo governo federal para estimular a reindustrialização.
O programa prioriza infraestrutura, saneamento, mobilidade sustentável, transformação digital, segurança energética e descarbonização. Por isso, a presença chinesa se fortalece em áreas estratégicas alinhadas às diretrizes brasileiras de desenvolvimento.
Mineração e minerais críticos ganham espaço
Além da indústria e da energia, a mineração também entrou no radar. Empresas chinesas anunciaram novos projetos em minerais estratégicos como estanho e cobre. Esses insumos são considerados fundamentais para a indústria de alta tecnologia.
Segundo o CEBC, essa atuação abre espaço para maior integração entre Brasil e China em cadeias de valor globais, especialmente nas voltadas à transição energética e à redução de emissões.
Projeções futuras para a parceria Brasil-China
O diretor de Pesquisa e Conteúdo do CEBC, Tulio Cariello, afirmou que setores como transição energética, manufaturas de alto padrão e minerais críticos se apresentam como os mais promissores para novos aportes.
Segundo o relatório, essa expectativa resulta da agenda de reindustrialização do Brasil e do compromisso conjunto com a descarbonização. Ambos os países planejam intensificar parcerias nessas áreas nos próximos anos.
Evento de lançamento do estudo
O evento de lançamento ocorreu em 4 de setembro de 2025. A abertura contou com Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do CEBC e ex-embaixador do Brasil na China, e Fabiana D’Atri, superintendente de Economia da Bradesco Asset.
Na sequência, participaram Danilo Goulart, representante-chefe do Bradesco em Hong Kong, e João Ricardo Tiusso, head de Estratégia de Projetos da GWM Brasil. Tulio Cariello apresentou os principais resultados, enquanto Cláudia Trevisan, diretora executiva do CEBC, conduziu a moderação.
Em síntese, o Brasil consolidou em 2024 sua posição como o maior destino de investimentos chineses entre as economias emergentes, alcançando aportes bilionários e ampliando sua força em energia, petróleo, indústria e mineração.
O que você acha que deve ser prioridade para o Brasil: ampliar os investimentos chineses em setores estratégicos ou equilibrar a parceria com maior proteção da indústria nacional?
Por Caio Aviz
Fonte: Click Petróleo e Gás