
Um relatório do Bradesco BBI publicado nesta sexta-feira, 5, e assinado por Vicente Falanga, chefe de pesquisa de petróleo e gás do banco, aponta a Petrobras como “provavelmente mais uma vítima da informalidade dos combustíveis, já que suas refinarias estão perdendo participação de mercado na região Sudeste para a Refinaria Manguinhos, uma suposta devedora contumaz, com base em comentários da imprensa e documentos da Secretaria da Receita de São Paulo”.
Os dados colhidos por Falanga são eloquentes: “A Petrobras perdeu cerca de 9% de participação de mercado no mercado de gasolina do Sudeste do Brasil desde janeiro de 2023, enquanto Manguinhos (Refit) ganhou 6%”.
Ainda segundo o documento, desde janeiro de 2023, a Refit conseguiu aumentar sua média de vendas mensais de gasolina em 83 milhões de litros — aproximadamente 1 bilhão de litros por ano de vendas incrementais de gasolina (6,3 milhões de barris por ano).
Na avaliação de Falanga, “a Petrobras é provavelmente a empresa que está abrindo mão desses volumes, já que o Brasil importa pequenas quantidades de gasolina e a refinaria RLAM, na Bahia, vende principalmente combustível para o Norte-Nordeste e exporta bunker”.
De acordo com o relatório, a Petrobras “está abrindo mão das vendas de gasolina (um produto premium) para vender outros produtos que não são tão premium”.
Fonte: Revista RPA News