Por Fernanda Pressinott e Isadora Camargo
O açúcar demerara fechou em alta de quase 4% nesta terça-feira (17/09) em Nova York, em meio a conflitos no Oriente Médio e a alta do petróleo. Segundo o ‘The Wall Street Journal’, 2,7 mil pessoas foram feridas em um ataque no Líbano. O Hezbollah acusa Israel por esses ataques, e o mercado teme por novas guerras na região, fazendo o petróleo subir quase 2%.
Quando o combustível fóssil tem alta, quase automaticamente o açúcar sobe porque os investidores entendem que mais cana será destinada ao etanol, em detrimento ao açúcar. O processo não é automático, mas interligado.
Afora isso, o aumento nos preços em Nova York é sustentado pelas secas no Brasil e pelos riscos associados aos incêndios nos canaviais no interior de São Paulo, que podem impactar a safra 2025/26.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar atualizou na segunda-feira o número de hectares de cana atingidos pelo fogo para, pelo menos, 231,83 mil. Este levantamento parcial, realizado junto às usinas do Estado, refere-se aos incêndios ocorridos em agosto.
De acordo com os dados, 132,04 mil hectares ainda precisam ser colhidos. No fim da sessão, os papéis de açúcar demerara de vencimento em março de 2025, os mais negociados, subiram 3,98%, a 20,37 centavos de dólar a libra-peso.
Fonte: Globo Rural