Por Raphael Salomão
A recente alta do dólar gerou preços mais atrativos para o açúcar e estimulou a fixação de preços de exportação por parte das usinas. A avaliação é da Archer Consulting. Só entre outubro de dezembro do ano passado, as indústrias negociaram cerca de 6,5 milhões de toneladas da commodity.
A consultoria estima que, até o dia 31 de dezembro, 60,75% do volume de açúcar destinado ao mercado externo na temporada 2025/26 estava com preço fixado. No mês passado, o preço médio foi de R$ 2.513 por tonelada. No acumulado do ano de 2024, de R$ 2.497 a tonelada.
“O que tem impulsionado as usinas a intensificar as fixações é a valorização expressiva do dólar nos últimos meses. Esse movimento mostra claramente como a dinâmica cambial tem influenciado a estratégia de hedge das usinas, garantindo preços mais atrativos para o volume destinado à exportação”, resume o sócio diretor da Archer, Arnaldo Correa, em nota.
Ele destaca que o dólar registrou uma cotação média de R$ 5,54 em setembro de 2024. O valor passou para R$ 5,62 em outubro, R$ 5,80 em novembro e para R$ 6,11 em dezembro.
Apesar do estímulo aos negócios nos últimos meses, os números da Archer mostram que o volume de açúcar comprometido para exportação ainda é inferior ao de anos anteriores. Na safra 2021/22, a proporção estava em 69%. Na de 2023/24, em 68,1%.
Fonte: Globo Rural