
Os preços do açúcar encerraram a segunda-feira (6) em alta nas bolsas internacionais, com o contrato mais negociado em Nova York cotado em 16,81 cents/lbp — máxima em quase dois meses. O movimento refletiu, principalmente, o suporte vindo dos dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), que apontaram redução no teor de açúcar na cana moída no Centro-Sul do Brasil.
Em Nova Iorque, o março/26 avançou 34 pontos, cotado a 16,81 cents/lbp (+2,07%). O maio/26 ganhou 32 pontos, negociado a 16,31 cents/lbp (+2,00%). O julho/26 subiu 31 pontos, para 16,15 cents/lbp (+1,96%), enquanto o outubro/26 encerrou o pregão a 16,35 cents/lbp, em alta de 28 pontos (+1,74%).
Na Bolsa de Londres, o movimento também foi de valorização. O dezembro/25 subiu US$ 6,90, para US$ 464,40 por tonelada (+1,51%). O março/26 avançou US$ 8,60, a US$ 464,00 por tonelada (+1,89%). O maio/26 teve ganho idêntico de US$ 8,60, negociado a US$ 464,40 por tonelada (+1,89%), enquanto o agosto/26 encerrou a sessão em US$ 462,70 por tonelada, com alta de US$ 8,20 (+1,80%).
Segundo análise do Barchart, os preços do açúcar seguem sustentados pela expectativa de menor oferta brasileira. “Os preços do açúcar subiram com o suporte remanescente da última quinta-feira, quando a Unica divulgou que o teor de açúcar na cana-de-açúcar moída no Centro-Sul do Brasil caiu, sinalizando menor produção de açúcar. O teor de açúcar na cana moída na primeira quinzena de setembro no Brasil caiu para 154,58 quilos por tonelada (kg/ton), contra 160,07 kg/ton no ano anterior”, destacou o relatório.
Além do fator de concentração sacarina, o mercado também acompanha uma leve perda de competitividade do açúcar frente à fabricação do etanol, o que vem alterando a estratégia das usinas brasileiras — especialmente em estados do interior, como Goiás e Mato Grosso.
“A mudança mais intensa nas regiões afastadas do litoral retrata a perda de competitividade do açúcar frente à fabricação do etanol, estimulando de forma mais efetiva a alteração na estratégia de alocação das unidades produtoras nesses locais”, afirmou o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues.
Fonte: Notícias Agrícolas