Açúcar recua em NY e Londres com pressão da produção brasileira

Armazenagem de Açúcar – Foto Czarnikow/Divulgação

Os preços do açúcar fecharam em baixa nesta terça-feira (02/09) nas bolsas de Nova Iorque e Londres, pressionados pelo aumento da produção no Centro-Sul do Brasil e pela desvalorização do real frente ao dólar. O movimento fez os contratos em Nova Iorque se aproximarem novamente dos 16,00 cents/lbp.

Na Bolsa de Nova Iorque, o outubro/25 caiu 0,22 cent (-1,34%), cotado a 16,15 cents/lbp. O março/26 recuou 0,23 cent (-1,34%), fechando a 16,78 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,19 cent (-1,14%), negociado a 16,52 cents/lbp, enquanto o julho/26 encerrou a 16,44 cents/lbp, queda de 0,14 cent (-0,84%).

Em Londres, após ganhos na última sessão, as perdas foram ainda mais intensas. O outubro/25 recuou US$ 11,10 (-2,21%), a US$ 491,00 por tonelada. O dezembro/25 caiu US$ 10,20 (-2,10%), para US$ 476,10 por tonelada. O março/26 cedeu US$ 10,80 (-2,25%), encerrando a US$ 468,60 por tonelada, enquanto o maio/26 terminou o dia em US$ 466,70 por tonelada, baixa de US$ 11,00 (-2,30%).

O mercado segue reagindo ao relatório mais recente da Unica, que apontou aumento de 16% na produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira metade de agosto, frente ao mesmo período do ano passado. Além disso, o mix destinado ao adoçante subiu para 55%, contra 49,15% na temporada anterior.

Segundo a Covrig Analytics, as usinas brasileiras têm priorizado a produção de açúcar em detrimento do etanol, tendência que deve se manter durante o pico da colheita, impulsionada por safras de cana mais secas e pela maior atratividade financeira do adoçante.

Outro fator de pressão veio do câmbio. O real atingiu nesta terça-feira a mínima em uma semana e meia frente ao dólar, favorecendo as exportações brasileiras e estimulando a maior oferta de açúcar no mercado internacional.

Fonte: Notícias Agrícolas