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DE OLHO NO BIODIESEL – BOLETIM SEMANAL DE MERCADO DA SCA BRASIL (12/05 a 16/05/2025)
A semana começou em alta para o complexo de soja, com a combinação do acordo firmado entre China e Estados Unidos e com o relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). China e EUA anunciaram uma redução em suas tarifas por 90 dias. Desta forma, os EUA reduzirão temporariamente suas tarifas gerais sobre produtos chineses, que caem de 145% para 30%, enquanto a China cortará seus impostos sobre importações americanas de 125% para 10%, de acordo com a declaração conjunta.
O USDA divulgou na segunda-feira (12/05) o novo boletim mensal de oferta e demanda, com a atualização dos números da safra 2024-2025 e as primeiras projeções para a safra 2025-2026. Os dados deixaram evidente, mais uma vez, que a nova safra de soja dos EUA contará com uma área menor, com estoques ainda ajustados, estimados em pouco mais de 8 milhões de toneladas. O quadro global, entretanto, ainda aponta para uma demanda intensa. O USDA calculou as importações de soja da nova temporada em 112 milhões de toneladas, além de ter elevado suas estimativas para as exportações e o esmagamento americanos.
No dia 14 de maio, o óleo de soja atingiu 51,62 centavos de dólar por libra-peso, a maior cotação desde novembro de 2023. Isso causou uma sustentação ao complexo soja como um todo. No entanto, já no dia 15, recuou para 49,32 centavos, acompanhando o ajuste técnico após o pico de alta.
O contrato de jul/25 de óleo de soja negociado na CBOT fechou em 48,93 cents/libra na sexta-feira (16/05), ficando estável (0,7%) na semana, enquanto o prêmio de jun/25 do óleo de soja em Paranaguá subiu 130 pontos, fechando a semana em -0,5 cents/libra. Desta forma, o flat price do óleo de soja FOB Paranaguá registrou valorização de 3,5%, fechando a semana a US$ 1.068/ton.
Segundo levantamento da SCA Brasil, o mercado spot de biodiesel na semana registrou uma boa liquidez, com movimento de um volume de 9.002 m³ e aumento de 4.608 m³ em relação à semana anterior, registrando um preço médio de R$ 5.259/m³, com PIS/COFINS e sem ICMS (0,1%).
Segundo o levantamento realizado entre 05 e 11 de maio pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio negociado entre usinas e distribuidores foi de R$ 5.413/m³, com uma desvalorização de 4,0% em relação ao valor da semana anterior. Todas as regiões registraram as maiores sendo nas regiões Sul (-6,1%) e Centro-oeste (-4,1%). O mercado acumula uma redução de 14,5% no ano.
