A China, maior emissora de gases de efeito estufa do mundo, enfrenta o desafio de diversificar suas fontes de energia e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Apesar de ser a quarta maior produtora de biocombustíveis, o país tem um mercado interno pequeno e está priorizando a eletrificação. Recentemente, lançou um plano para incentivar o uso de combustíveis renováveis, especialmente em veículos comerciais e embarcações. A reportagem é do jornal Valor Econômico.
Os empresários brasileiros veem essa mudança como uma grande oportunidade. Henrique Berbert de Amorim Neto, da Fermentec, destaca que o interesse da China em reduzir suas emissões de carbono torna o mercado promissor para biocombustíveis brasileiros. O Brasil, com sua produção crescente e a recente Lei do Combustível do Futuro, está bem posicionado para competir, especialmente no mercado de Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês).
Três fábricas de SAF estão previstas para iniciar operações nos próximos anos, com a BBF, Acelen e outra unidade em Cubatão. O potencial de SAF é significativo, especialmente com a expectativa de que a China dobre sua frota de aviões e invista em fábricas de SAF até 2025.
Além disso, há uma demanda ainda não explorada no setor de transporte marítimo da China, com a Cosco planejando construir uma planta de biodiesel no Brasil. Suzana Kahn, da Coppe/UFRJ, ressalta a necessidade de empresários brasileiros serem mais arrojados para entrar no mercado chinês, reconhecendo que o risco é parte do processo para aproveitar essas oportunidades emergentes. O futuro dos biocombustíveis, especialmente os de segunda geração, promete ser mais sustentável e competitivo, elevando a produtividade e abrindo novas frentes de mercado.
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