Grupo empresarial SHC responsável por trazer marcas como Citroën. e JAC Motors para o Brasil, agora aposta nos ônibus elétricos Ankai da China. A novidade vai exigir do grupo, mudanças nas estratégias de negócios, pois ao contrário da vontade de seu CEO, Sérgio Habib, até então, será necessário lidar com prefeituras em todo o País. Habib afirma que sempre foi contrário a subsídios, mas que não é viável investir no segmento de transporte de passageiros sem esses recursos.
Pelos cálculos do importador, um modelo 100% elétrico com capacidade para 80 passageiros custa entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões. Já a opção equivalente a diesel é vendida por aproximadamente R$ 900 mil. O preço final, entretanto, acaba diluído, representando apenas 1% a mais do que os veículos a diesel.
A reportagem da Folha de S.Paulo também traz um estudo do Mobilab/USP (Laboratório de Estratégias Integradas da Indústria da Mobilidade da Universidade de São Paulo). Os ônibus que não trazem um motor a combustão são os que menos emitem gases de efeito estufa.
Os modelos 100% elétricos emitem 60% a menos de CO2 e, ao se considerar todos os gastos envolvidos, incluindo a aquisição dos veículos, a operação custaria cerca de 1% a mais do que o modal a diesel. Outra vantagem está no silêncio ao rodar. Em uma viagem por ruas da cidade de São Paulo, o ônibus chinês mostrou maior conforto acústico, além de vibrar pouco. Todos os assentos dispõem de entrada USB para recarga de smartphones, a ar-condicionado, piso baixo para facilitar o acesso e câmera de ré. O comprador pode escolher um entre três packs de baterias disponíveis para cada versão, e a autonomia pode chegar a 350 km com uma carga completa.
Íntegra da matéria: Folha de S.Paulo (para assinantes)