A reportagem exclusiva do jornal Valor Econômico teve acesso aos estudos realizados pela Refina Brasil, entidade que reúne o grupo de refinarias não controladas pela Petrobras, que respondem por 20% da produção de derivados no país. A análise aponta a perda de receita bruta da estatal em R$ 9,432 bilhões nos mercados de refino, transporte e comercialização de gasolina e diesel entre maio do ano passado, quando abandonou o preço de paridade de importação (PPI), e meados de março deste ano.
A manutenção da atual política de preços da multinacional pode levar à perda de R$ 10 bilhões da receita bruta, ao manter a política de preços às condições locais, “abrasileirando” o custo dos derivados de petróleo no país. Em maio próximo, esse modelo completa um ano de sua implementação.
A resposta da Petrobras, em nota, considera que a nova estratégia comercial, aprovada pela diretoria executiva em maio de 2023, “passou a incorporar as melhores condições de produção e logística para a definição de preços de venda de gasolina e diesel às distribuidoras”. A atual estratégia comercial, segundo a companhia, usa referências de mercado como: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.
“O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.
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