Os preços dos contratos futuros de petróleo no mercado internacional fecharam em alta nesta segunda-feira (1/3), no maior valor desde outubro, com uma combinação de sinais econômicos positivos da China e dos EUA e a permanência da tensão no Oriente Médio.
O barril do Brent, referência global, para junho, subiu 0,48%, para US$ 87,42, na Intercontinental Exchange (ICE).
O petróleo WTI, referência norte-americana, para maio, avançou 0,65%, para US$ 83,71 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Do lado da demanda, o índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China teve a maior alta mensal em mais de um ano, segundo a S&P Global, o que surpreendeu os analistas e gerou a expectativa de aumento do consumo de petróleo.
O PMI dos EUA também se manteve positivo, na primeira expansão após 16 meses pelo índice medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês).
Este ano, o preço do petróleo já acumula uma alta de 15%, impulsionado principalmente pela escalada da guerra entre Israel e Hamas e, em seguida, dos ataques de rebeldes houthis a navios de carga no Mar Vermelho.
O maior impacto concreto sobre o preço do petróleo até o momento é o aumento do custo do frete dos navios que precisam desviar do Mar Vermelho. O temor, no entanto, é que o conflito passe a envolver outros países da região, especialmente o Irã.
Em paralelo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) tem estendido o prazo dos cortes de produção dos países-membros, que são de 2,2 milhões de barris por dia (bpd), capitaneados por Arábia Saudita e Rússia.
O cartel se reúne nesta quarta-feira, mas não há expectativa de mudanças na posição do grupo.
Fonte: EPBR