As negociações da holding Ultrapar para aquisição de 16,88% das ações da Hidrovias do Brasil, um aporte de R$ 500 milhões, começaram em fevereiro e não houve participação de bancos. Isso, segundo a reportagem do jornal Valor Econômico. Com essa transação, a companhia passará a ter 27% do negócio, tornando-se o maior acionista de referência da empresa.
A aquisição se dará de duas formas. O Ultra, dono da rede de postos de combustíveis Ipiranga, Ultracargo e Ultragaz, comprou 13% que pertenciam ao Pátria Investimentos e outros 4% do fundo Temasek, de Cingapura. Tanto o Pátria como o Temasek já estão em processo de desinvestimento desse ativo.
No caso do Pátria, a gestora está vendendo suas ações porque está em processo de liquidação do seu fundo 2. A gestora ainda vai ficar com 10%, que está alocado no fundo 4. Se concluída a venda, Pátria deixará de ser o acionista de referência da Hidrovias do Brasil. A gestora tinha 23% de participação.
O negócio ainda depende de aprovação em assembleia, já que a oferta de compra de ações da Hidrovias do Brasil faz disparar a cláusula de “poison pill”, mecanismo que protege ofertas hostis. No caso da empresa de logística, quando a proposta supera 20% das ações da companhia. A expectativa é de que o negócio entre as empresas seja aprovado em assembleia. A holding do grupo Ultra tem interesse de aumentar participação para 40% do negócio. O ativo entrará no balanço da companhia como equivalência patrimonial, quando concretizada a operação.
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