Em reunião com executivos do UBS Group, nesta quarta-feira (31/01), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou ter um forte relacionamento com o governo. Embora ele reconheça que sempre há ruído nos preços dos combustíveis e preocupações de interferência, enfatizou que a Petrobras não cederá a influências políticas externas e não discutirá reajustes de preços com o governo. Abaixo, os principais pontos abordados pelo executivo:
Fornecimento de combustíveis
Segundo Prates, a Petrobras considera importante abastecer o Brasil com combustíveis, mas não tem a obrigação de abastecer todo o mercado. Para ele, existem outros fornecedores: indústrias petroquímicas, importadores, produtores de biocombustíveis etc.
Vibra
A Petrobras não irá romper contrato com a Vibra, mas centra a renegociação no uso da marca da estatal. Uma das preocupações é que a Vibra comercialize produtos, oriundos de outros fornecedores, com a marca Petrobras.
Renováveis
De acordo com o presidente da Petrobras, existem desafios em relação à oferta de produtos renováveis para o mercado, mas o Brasil tem disponibilidade de matéria-prima, o que é uma vantagem competitiva. A empresa tem planos para duas instalações dedicadas aos biocombustíveis (SAF e HVO) e outras unidades de coprocessamento. A estatal não quer depender apenas do óleo de soja como matéria-prima e estuda alternativas por meio de parcerias.