A estimativa de que a Raízen teria captado US$ 1,5 bilhão com a emissão de títulos verdes no exterior vem de analistas que acompanham a operação. A oferta foi feita em duas tranches. Uma delas, de US$ 1 bilhão, vence em 10 anos, com taxa ficou em 2,2%. A outra, de US$ 500 milhões, em 30 anos, cuja taxa foi de 2,65%. As informações são do Valor Econômico.
É a primeira vez que a Raízen vai emitir um título no exterior com selo “verde”. No mercado interno, a companhia captou R$ 1,2 bilhão em 2022, com debêntures atreladas a indicadores ESG (sigla usada para critérios sustentáveis, sociais ou de governança). As metas da empresa para esta conformidade vão até março de 2026. O plano da empresa é usar parte do dinheiro para recomprar até US$ 725 milhões em bônus que vencem em 2027. A oferta de recompra deve ser encerrada no dia 1º de março.
A Raízen deve alocar o mesmo valor que será usado para as despesas em investimentos em um ou mais projetos verdes relacionados à produção de etanol com certificação Bonsucro, selo para práticas sustentáveis, além da produção de biometano e energia solar. A certificação Bonsucro deverá abranger 94% de suas unidades operacionais, que até 2022, eram 74%. Deverá também elevar para 30% a participação de mulheres em posições de liderança, contra 19% naquele período.
Atuam na oferta os bancos Citi, Itaú BBA, J.P. Morgan e Morgan Stanley como coordenadores, além de BNP Paribas, BofA, Bradesco BBI e Santander.
Fonte: Valor Econômico