Segundo dados da ANP, o Brasil registrou recorde na produção de petróleo em outubro, impulsionado pelo pré-sal e pela expansão do gás natural. Veja os números e o impacto no setor energético.
A produção de petróleo no Brasil voltou a surpreender. De acordo com dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o país atingiu em outubro um novo recorde histórico de produção combinada de petróleo e gás natural.
Ao observar apenas o petróleo, o país produziu 4,024 milhões de barris diários. O aumento foi de 2,9% frente ao mês anterior. Paralelamente, a produção de gás natural chegou a 194,5 milhões de metros cúbicos por dia, movimento que representa alta de 2,2% em relação ao mês anterior.
Pré-sal amplia participação e sustenta o avanço da produção
Outro destaque importante é o peso crescente do pré-sal. A região respondeu por 81,42% de toda a produção nacional em outubro, acima dos 81,1% registrados em setembro. No total, o pré-sal entregou 4,273 milhões de boe/d, acréscimo de 3,2% na comparação mensal.
Quando se analisa apenas o petróleo oriundo do pré-sal, a produção atingiu 3,306 milhões de barris por dia, número 3,11% maior do que o de setembro. Já o gás natural extraído dessa área chegou a 153,6 milhões de metros cúbicos diários, com expansão de 3,6% no mesmo período.
O que significa o boe e por que ele é usado na indústria
Para entender o alcance desses números, é essencial compreender o conceito de boe — barril de petróleo equivalente. Trata-se de uma unidade usada para comparar diferentes fontes energéticas, já que cada uma delas entrega quantidades distintas de energia por volume ou massa.
Assim, 1 boe corresponde aproximadamente à energia contida em:
- 1 barril de petróleo (159 litros)
- 5,8 milhões de BTU
- Cerca de 1,7 MWh
- Aproximadamente 159 m³ de gás natural (com variações possíveis conforme composição e país)
Essa métrica facilita análises econômicas e relatórios, além de permitir somar produções de petróleo e gás de forma unificada, o que é essencial para o planejamento e para a avaliação das reservas energéticas do país.
Fonte: CPG
