
Os preços dos CBios seguiram em queda na primeira quinzena de novembro, com média de R$ 35,12 — baixa de 8,3% ante outubro, 41,5% abaixo da média de 2025 e distante da média histórica de R$ 82,24. A desvalorização ocorre mesmo após o Cade arquivar a investigação sobre possível manipulação, sem encontrar indícios de irregularidades.
Segundo dados da B3 compilados pelo NovaCana, 2,66 milhões de créditos foram negociados no período (-11,5%), movimentando R$ 93,26 milhões (-63,1%). Desde janeiro, o volume financeiro caiu 37,8%, para R$ 4,37 bilhões, enquanto o volume físico recuou 7,3%. A queda acentuada reflete excesso de oferta: os créditos disponíveis já superam em 8,7% a meta anual de 49,36 milhões definida pela ANP.
As emissões somaram 1,31 milhão de CBios na quinzena (-12,7%). No ano, as usinas geraram 37,11 milhões (-4,9%). A StoneX projeta 43 milhões de créditos em 2025 (+1,4%) e 45,1 milhões em 2026 (+4,7%). O Itaú BBA prevê 44,7 milhões em 2026, abaixo da meta estimada de 45,1 milhões. Desde o início do programa, foram emitidos 195,84 milhões de CBios.
Em 14 de novembro, havia 29,82 milhões de créditos em circulação, 53,2% com usinas, 44,6% com distribuidoras e 2,1% com investidores. Na quinzena, 2,27 milhões de papéis foram aposentados (+32,7%), mas o total do ano, de 23,66 milhões, está 35,9% abaixo de 2024, o que indica cumprimento parcial da meta (47,9%). Pela primeira vez no ano, empresas sem metas aposentaram créditos, movimento que será descontado apenas no ciclo seguinte.
Fonte: NovaCana