Açúcar mantém leve recuperação em Nova Iorque e fecha com altas nesta 3ª feira

Armazém de açúcar — Foto: Wenderson Araujo/CNA

Os preços do açúcar seguiram em leve recuperação nesta terça-feira (11), estendendo o movimento de alta iniciado na véspera, após semanas de fortes quedas nos mercados internacionais. A valorização do real frente ao dólar voltou a sustentar as cotações em Nova Iorque, enquanto Londres teve desempenho misto, com ganhos nos vencimentos mais longos e leve baixa no contrato de dezembro.

Em Nova Iorque, o contrato março/26 avançou 0,05 cent (alta de 0,4%), encerrando o dia a 14,25 cents/lbp. O vencimento maio/26 subiu 0,07 cent (+0,5%), para 13,86 cents/lbp, enquanto o julho/26 registrou alta de 0,08 cent (+0,6%), cotado a 13,78 cents/lbp. Já o outubro/26 encerrou com ganho de 0,09 cent (+0,6%), negociado a 14,06 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o comportamento foi dividido. O contrato dezembro/25 recuou 30 pontos (-0,1%), para US$ 407,90/tonelada. Já os demais vencimentos fecharam em alta: março/26 avançou 110 pontos (+0,3%), a US$ 409,20/tonelada; maio/26 ganhou 140 pontos (+0,3%), cotado a US$ 406,40/tonelada; e agosto/26 subiu 70 pontos (+0,2%), encerrando a US$ 402,80/tonelada.

A valorização do real, que atingiu sua maior cotação em 17 meses frente ao dólar, impulsionou o movimento de cobertura de posições vendidas nos contratos futuros de açúcar em Nova Iorque. Um real mais forte tende a desincentivar as exportações pelos produtores brasileiros, limitando a oferta global e favorecendo a recuperação dos preços.

No câmbio, o dólar segue em baixa no Brasil após o Senado dos Estados Unidos aprovar, na segunda-feira, uma proposta para encerrar a paralisação do governo norte-americano. O texto, que mantém o financiamento de agências federais até 30 de janeiro, agora segue para votação na Câmara dos Deputados. O alívio político e fiscal nos EUA tem estimulado o apetite por ativos de risco, beneficiando moedas emergentes como o real, o peso chileno e o peso mexicano, de acordo com informações do Barchart.

Além disso, nesta terça-feira, a Datagro afirmou que mercado global de açúcar deverá ter um excedente menor na temporada 2025/26 do que o inicialmente estimado. Segundo informações da Reuters, a consultoria disse em uma conferência com clientes que estava reduzindo sua projeção de excedente global de açúcar em 2025/26 de 2,8 milhões, prevista anteriormente, para 1 milhão de toneladas.

Do lado da demanda, a Reuters informou na segunda-feira que a China — um dos maiores importadores globais de açúcar — manteve inalterada sua previsão de importações para a safra 2025/26, estimada em 5 milhões de toneladas, indicando estabilidade no consumo do adoçante.

Fonte: Notícias Agrícolas