O Morgan Stanley avalia que o agronegócio brasileiro enfrentará um cenário mais desafiador em 2025-2026. Segundo relatório do Banco, a área de soja não deve crescer além de 0,5%, abaixo das expectativas de outros analistas de mercado, que projetam aumento de até 2%. Segundo reportagem do site The AgriBiz, o pessimismo se deve a margens apertadas, preços mais baixos, custos elevados, crédito escasso e um real valorizado. Essa combinação pode limitar a expansão produtiva e aumentar o risco de frustração da safra, o que, no médio prazo, pode reduzir os estoques globais e sustentar uma alta nos preços da soja e do milho até 2026.
No mercado corporativo, a instituição prevê impacto positivo em empresas ligadas diretamente às commodities, como a SLC Agrícola, mas apenas no longo prazo, rebaixando a recomendação das ações de “compra” para “neutro”. Para companhias dependentes do transporte de grãos, como a Rumo, o cenário segue desafiador, com corte nas projeções de Ebitda e lucro. Apesar da queda das ações e valuation atrativo, o banco aponta que ainda há pressão sobre o risco-retorno até que haja maior visibilidade sobre o setor.
Fonte: The AgriBiz
