
O petróleo negoceia esta quarta-feira (17) em ligeira baixa, após três sessões consecutivas de ganhos, com os investidores a ponderarem os riscos de oferta provenientes da Rússia e as expectativas em torno da decisão da Reserva Federal norte-americana.
Nesta manhã, o West Texas Intermediate recua 0,19% para 64,40 dólares por barril enquanto o Brent desce 0,16% para 68,36 dólares. Na véspera, ambas as referências tinham avançado mais de 1%, apoiados pelos receios de que os ataques da Ucrânia a refinarias e oleodutos russos perturbem a produção e exportação de Moscovo. Segundo a Reuters, a Transneft, monopólio russo dos oleodutos, já alertou produtores para possíveis cortes de produção.
“As tensões geopolíticas e a possibilidade de disrupções na oferta russa continuam a manter os preços sustentados”, afirmou Emril Jamil, analista sénior no London Stock Exchange Group, citado pela Reuters. Também Mukesh Sahdev, da Xanalysts, declarou à Bloomberg que os ataques ucranianos a terminais de exportação e refinarias são um “factor de suporte” para as cotações, embora o aumento da produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) deva limitar subidas mais expressivas.
Os investidores seguem ainda atentos à reunião da Fed, que deverá anunciar um corte de 25 pontos-base na taxa directora, o que, a confirmar-se, poderá impulsionar a procura de combustível. Entretanto, dados preliminares do American Petroleum Institute mostraram uma queda de 3,4 milhões de barris nas reservas de crude dos Estados Unidos da América na última semana, sinal potencialmente favorável para o mercado, aguardando-se agora a confirmação pelos números oficiais da Administração de Informação de Energia.
Fonte: Diário Econômico