Açúcar tem recuperação e fecha com altas acima de 1% no mercado internacional

Navio Cape Town ancorado no Terminal Copersucar embarca açúcar para o exterior
Foto: Coopersucar/Divulgação

Os preços do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (15) em alta nas bolsas internacionais. Segundo o Barchart, o fortalecimento do real frente ao dólar foi o principal fator de suporte, já que a moeda brasileira mais valorizada tende a desestimular as exportações, reduzindo a oferta do adoçante no mercado externo.

Em Nova Iorque, o outubro/25 avançou 0,21 cent (+1,33%), cotado a 16,00 cents/lbp. O março/26 subiu também 0,21 cent (+1,27%), para 16,73 cents/lbp. O maio/26 registrou ganho de 0,24 cent (+1,49%), a 16,37 cents/lbp, enquanto o julho/26 acumulou alta de 0,25 cent (+1,57%), encerrando a 16,21 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o outubro/25 valorizou-se em US$ 6,20 (+1,28%), a US$ 491,40 por tonelada. O dezembro/25 avançou US$ 3,50 (+0,76%), cotado a US$ 465,90 por tonelada. O março/26 subiu US$ 4,00 (+0,88%), para US$ 459,10 por tonelada, e o maio/26 teve alta de US$ 5,20 (+1,14%), negociado a US$ 459,40 por tonelada.

Além da influência cambial, Mauricio Muruci, analista da Safras & Mercado, destacou que a vantagem financeira do etanol hidratado frente ao açúcar no mercado vem incentivando as usinas a reduzir a produção de açúcar.

“A vantagem do hidratado sobre o açúcar de Nova York que tem sido vista ao longo de setembro rompe um hiato de quatro anos, o que deixa as usinas com grande incentivo a redução do mix do açúcar para o etanol. Isto de fato tem sido visto desde julho para agosto quando o mix da segunda metade de julho em 54% recuou para 52% na primeira metade de agosto”, afirmou.

Muruci acrescentou que, mesmo com compromissos de exportação já firmados e com o etanol perdendo competitividade no mercado interno, a tendência é de continuidade dessa mudança no mix.

“Para a terceira semana de setembro que se inicia, a Safras & Mercado espera a atualização de um novo reporte de Unica relativo a moagem de cana da segunda metade de agosto, onde uma nova queda no mix de açúcar deverá ser observada para níveis de 52% a 51%. Isso vai em linha com o elevado tom de atendimento das exportações deste ano por parte de açúcar, o que libera mais as usinas a retomar o mix para o etanol”, completou o analista.

Fonte: Notícias Agrícolas