
Foto: Wenderson Araújo/CNA
“Não contem conosco para ampliar a produção de etanol. Nós não temos margem para isso”. A fala é do diretor comercial da Alta Mogiana, Luiz Gustavo Junqueira, que visualiza que o aumento na oferta do produto virá do renovável produzido a partir do milho.
O diretor financeiro da empresa complementa: “Não vai ser o etanol de cana que vai suprir o aumento de demanda [de CBios], muito pelo contrário. A tendência é que essas usinas ampliem a produção de açúcar e o etanol se torne um produto secundário. O grande produto das usinas de cana vai se chamar açúcar”.
Ele pondera que o etanol de cana ainda vai ter relevância, pois é por meio dele que as usinas possuem a biomassa, a vinhaça e o biogás. “Ele vai continuar sendo importante, mas não vai ser mais o protagonista. O protagonista vai se chamar etanol de milho”, conclui.
“Não contem conosco para aumentar a produção de etanol nos próximos dez anos. Não temos margem com ele, mas sim com o açúcar e com a cogeração de energia elétrica”, declara.
Junqueira ainda acrescenta uma das vantagens do renovável feito com o cereal: “Se o milho sobe de preço, os derivados de etanol de milho sobem também; então, este produtor tem um hedge natural”.
Por Gabrielle Rumor Koster
Fonte: NovaCana