
Além das variedades utilizadas pelas usinas e produtores independentes de cana, o modo de plantio, a originação das mudas e as técnicas de manejo também são determinantes para a produtividade e a qualidade da matéria-prima.
Para entender estas dinâmicas do campo, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) realiza um estudo há oito anos com o objetivo de mapear as áreas de renovação em relação às práticas de manejo das empresas. A análise de tendências nos canaviais considera mecanização, adubação, irrigação, florescimento, além do emprego de meiosi, cantosi e utilização de mudas pré-brotadas (MPB).
Conforme o consultor do IAC, Rubens Braga Junior, a pesquisa abrange tanto produtores do Centro-Sul quanto do Nordeste. “As características mudam bastante quando comparamos regiões muito diferentes”, considera.
Os dados da pesquisa foram coletados entre janeiro e março deste ano, com informações de 203 unidades produtoras, responsáveis por 964 mil hectares de cana, amostrados em áreas de renovação. Em termos de volume de matéria-prima moída, os produtores são responsáveis por 467 milhões de toneladas, sendo que 31,2% correspondem à cana de fornecedores.
No total, 13 estados participaram do estudo, com São Paulo representando a maior fatia, totalizando 483,03 mil ha e 97 unidades produtoras. Goiás veio em seguida, com 121,26 mil ha, enquanto Mato Grosso do Sul somou 110,42 mil ha. Considerando as 177 empresas que mandaram informações de plantio de 2024 e de 2025, o IAC espera um crescimento de 3,9% na área de cultivo.
Conforme o estudo, em mais da metade da área a ser plantada em 2025, ou 58,5%, as mudas vieram de canaviais comerciais de primeiro corte. Além disso, 26,4% do território teve originação de canaviais comerciais de segundo ou mais cortes. Espaços menores foram plantados a partir de colmos de viveiros (com e sem tratamento térmico) ou mudas pré-brotadas (MPB).
Assim, de acordo com o histórico do IAC, o emprego de mudas de canaviais comerciais vem crescendo ao longo dos anos, com redução dos colmos de viveiros e da MPB.
A versão completa, com todos os detalhes da pesquisa, entrevista com o responsável pelo estudo e gráficos informativos, está disponível somente para assinantes do NovaCana.
Fonte: NovaCana