
Imagem: Ubrabio/Divulgação
O biodiesel está cada vez mais consolidado como pilar estratégico da transição energética brasileira, reunindo vantagens ambientais, econômicas e sociais que o colocam no centro da agenda de sustentabilidade. Essa foi a principal mensagem do painel “O papel do biodiesel na transição energética”, realizado nesta quarta-feira (13) na FenaBio, durante o segundo dia da 31ª Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho – SP.
Mediado por Lucilio Alves, pesquisador e professor do CEPEA-ESALQ/USP, o encontro reuniu André Nassar (Abiove), Júlio César Minelli (Aprobio), Paulo Sousa (Cargill Brasil e Cargill América Latina) e Sergio Beltrão (Ubrabio), que apresentaram dados, análises e perspectivas para o futuro do biocombustível.
Para Paulo Sousa, os biocombustíveis funcionam como motores de crescimento econômico e instrumentos contra a crise climática. “Eles geram valor, ampliam safras, criam empregos e estimulam inovação. Não são o destino final, mas uma ponte para um futuro mais sustentável”, afirmou, destacando o investimento da Cargill em pesquisa e transparência na cadeia produtiva.
André Nassar ressaltou que o biodiesel tem grande potencial de expansão, especialmente em regiões produtoras de soja, integrando a geração de energia com a produção de proteína animal e fortalecendo a industrialização do campo.
Atualmente, o diesel vendido no Brasil contém 15% de biodiesel, substituindo cerca de 15 bilhões de litros de diesel importado por ano. Para Sergio Beltrão, isso melhora a balança comercial e reduz impactos ambientais e à saúde, já que o biodiesel é livre de enxofre e hidrocarbonetos cancerígenos, beneficiando sobretudo grandes centros urbanos.
Segundo Júlio César Minelli, o biodiesel é competitivo, não exige adaptações tecnológicas, conta com logística de distribuição consolidada e contribui para a segurança alimentar ao aproveitar subprodutos da cadeia de alimentos.
O painel concluiu que o biodiesel não apenas substitui combustíveis fósseis e reduz emissões, mas também agrega valor à agricultura, gera emprego e renda, fortalece a economia e melhora a saúde pública, tornando-se peça-chave para uma transição energética justa e sustentável.
Fonte: Cana Online