As recentes ameaças tarifárias de Donald Trump têm gerado incertezas no cenário global, mas para distribuidoras como Vibra e Ultrapar, as perspectivas são otimistas. Segundo o BTG Pactual, as restrições à oferta de combustível por causa das sanções e políticas comerciais estão criando oportunidades de margens mais altas. A reportagem é da Revista Exame.
O analista Luiz Carvalho destaca que as tensões comerciais estão alterando a dinâmica do mercado de combustíveis, com importadores mais cautelosos, resultando em um ambiente de oferta restrita. Isso já se reflete nos preços, com Vibra e Ultrapar registrando altas significativas no Ibovespa.
As sanções secundárias à Rússia e as restrições sazonais no Golfo do México já afetam a oferta de diesel para o Brasil, tradicionalmente vindo da Rússia e dos EUA. Com as refinarias operando perto da capacidade máxima, as distribuidoras têm a chance de capitalizar essa assimetria de oferta e demanda.
Vibra e Ultrapar estão bem posicionadas para expandir seu market share e margens, com suas operações robustas e capacidade de arbitrar nos mercados globais.
O BTG estima que cada aumento de R$ 20/m³ nas margens EBITDA poderia elevar os ganhos anuais da Vibra em 6% e da Ultrapar em 4%. Carvalho conclui que o cenário se tornou muito mais favorável para os incumbentes, com uma oportunidade clara de monetizar as condições de mercado atuais.
Íntegra da matéria: Exame
