
Enquanto desafios se apresentam para a indústria sucroenergética brasileira no fornecimento de etanol para o SAF, Sustainable Aviation Fuel – sigla em inglês para biocombustível de aviação nos EUA, novas oportunidades surgem no cenário doméstico. Segundo reportagem do site AgFeed publicada no NovaCana, a Petrobras está explorando a construção de uma unidade de produção de SAF utilizando etanol de cana-de-açúcar. Essa iniciativa, parte do plano de negócios 2025-2030, prevê um investimento de US$ 1,5 bilhão em refinarias para combustíveis sustentáveis.
A unidade de produção, projetada para a Refinaria de Paulínia (Replan), poderá produzir o equivalente a 10 mil barris de petróleo por dia. Com outras refinarias como opções, a Petrobras busca otimizar seu sistema de dutos para transporte de etanol e biocombustíveis.
O SAF, que ganha relevância com a obrigatoriedade do uso de combustível renovável em 2027, está no centro das discussões da Conferência NovaCana 2025. O evento destacará inovações e o potencial dos biocombustíveis no painel “Inovações no setor sucroenergético: biocombustíveis do futuro e soluções sustentáveis”.
Além do SAF, a Petrobras avança em projetos de biobunker, testando misturas de biodiesel para navegações. Com normas rígidas de emissões marítimas, o uso de combustíveis de menor intensidade de carbono se torna crucial, tanto para aviação quanto para navegação. Bello, gerente de P&D da Petrobras, destaca que a capacidade de descarbonização será determinante para a escolha de matérias-primas no futuro.
Íntegra da matéria: NovaCana