Continente asiático será o mais afetado com o fechamento do Estreito de Ormuz

Navio ancorado no Terminal Copersucar para embarque de açúcar — Foto: Copersucar/Divulgação

A Ásia enfrenta uma preocupação crescente com a possível interrupção do Estreito de Ormuz, uma via vital por onde passam cerca de 20% do petróleo e gás mundial, em consequência das tensões entre Irã e Estados Unidos. Se bloqueado, a Ásia, que depende fortemente dessas importações, especialmente a China e Índia, seria severamente impactada.

A recente aprovação pelo parlamento iraniano de bloquear o estreito, em resposta a ataques dos EUA, elevou os preços do petróleo Brent, evidenciando a importância estratégica dessa passagem. A reportagem do Valor Econômico indica que, apesar das ameaças, especialistas consideram um fechamento total improvável, citando a interdependência econômica do Irã com parceiros como a China.
No entanto, qualquer interrupção causaria uma disparada nos preços do petróleo e do gás, afetando economias asiáticas cujas balanças comerciais seriam pressionadas, aumentando os riscos inflacionários.

Stefan Angrick, da Moody’s Analytics, alerta que economias como Japão e Coreia do Sul, altamente dependentes de importações de energia, veriam suas moedas enfraquecidas e a inflação aumentar, forçando possíveis ajustes nas políticas monetárias. A situação sublinha a fragilidade do equilíbrio energético global e a necessidade de estratégias alternativas para mitigar riscos futuros.

Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)